Economia brasileira cresce além do esperado e acende alerta para inflação
O crescimento acelerado do PIB em 2025 surpreende economistas e acende um sinal de alerta para a inflação. Saiba como isso afeta seu bolso.


PIB do 1º trimestre de 2025 avança 1,4% e levanta preocupação com desequilíbrios econômicos
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados divulgados pelo IBGE. Embora o número tenha ficado ligeiramente abaixo da projeção do mercado, que esperava alta de 1,5%, o desempenho foi considerado forte e acima do potencial da economia brasileira.
Crescimento acelerado indica risco inflacionário
Para a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, o ritmo acelerado da atividade econômica está gerando pressão inflacionária significativa. Segundo ela, o consumo das famílias está elevado e supera a capacidade de oferta atual do país, o que contribui para a aceleração dos preços.
“A inflação gira em torno de 5,5% ao ano, o que mostra que estamos crescendo mais do que conseguimos sustentar”, afirmou Rafaela em entrevista à CNN.
Importações em alta podem desequilibrar contas externas
Um dos efeitos desse crescimento descompassado é o aumento das importações, que vêm sendo usadas para atender à demanda interna. No entanto, essa estratégia, segundo a economista, pode causar problemas nas contas externas se for mantida por muito tempo.
Governo precisa rever postura fiscal
Apesar do desempenho econômico positivo, o cenário fiscal do país ainda preocupa. Rafaela destaca que o governo continua enfrentando dificuldades para controlar gastos e realizar reformas estruturais. Para ela, a expansão fiscal em meio a uma economia superaquecida é arriscada.
“Estamos jogando mais lenha na fogueira. Isso gera mais inflação e exige juros altos. E, em vez de cortar gastos, o governo busca compensar com mais impostos”, alertou a especialista.
Crítica ao aumento do IOF
A economista também criticou a ideia do governo de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ela classificou a medida como contraproducente, destacando que o IOF impacta diretamente o custo do crédito e prejudica a economia real.
Segundo Rafaela, o ideal seria focar em reformas que reduzam despesas e melhorem a eficiência do Estado, ao invés de elevar a carga tributária, principalmente sobre setores sensíveis.
Reforma dos gastos: uma necessidade urgente
Diante da resistência do Congresso e da sociedade ao aumento de impostos, cresce a pressão para que o governo busque soluções mais responsáveis e duradouras para o equilíbrio fiscal.
A economista conclui que a sustentabilidade do crescimento depende de escolhas difíceis, como o controle de gastos e a redução das distorções econômicas causadas pela má gestão fiscal.
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